quinta-feira, 18 de abril de 2013
Salmo 39
Salmos, 39
1. Do mestre de canto. De Iditun. Salmo. De Davi.
2. Eu disse: "Vou vigiar a minha conduta, para não pecar com a língua; vou tapar com mordaça a minha boca, quando o injusto estiver presente".
3. Eu me calei, em silêncio. Segurei-me para não falar, e minha dor tornou-se intolerável.
4. Por dentro, o coração me queimava. Ao pensar nisso, o fogo se inflamava. Então soltei a minha língua.
5. "Mostra-me o meu fim, Javé, e qual é a medida dos meus dias, para eu saber o quanto sou frágil.
6. Olha: os dias que me deste são um palmo apenas, e a minha duração é um nada diante de ti. Sim, todo homem não passa de um vazio, todo homem é apenas aparência.
7. O homem vai e vem como sombra, e labuta por um nada: amontoa, e não sabe quem vai recolher".
8. E agora, Senhor, o que posso esperar? Em ti se encontra a minha esperança.
9. Livra-me de minhas transgressões todas, não me deixes como ultraje para o insensato!
10. Eu me calo e não abro a boca, pois quem vai agir és tu!
11. Afasta de mim a tua praga, pois eu sucumbo ao ataque da tua mão!
12. Castigando o erro, tu educas o homem, e como traça tu róis os tesouros dele. Os homens todos são apenas um sopro!
13. Javé, ouve a minha prece! Dá ouvido aos meus gritos! Não fiques surdo ao meu pranto: porque sou hóspede junto a ti, inquilino como os meus antepassados.
14. Afasta de mim o teu olhar, e deixa-me respirar! Antes que eu me vá, e já não exista mais!
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