quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O SEGREDO

Esta maravilha a seguir não é autoria minha e sim do Pe. Anisio do Sagrado Coração de Jesus e ao ler esta história desejei e pensei nos meus amigos leitores deste singelo blog. Paz e bênção.

Talvez você já tenha ouvido algo sobre a vida e a missão do grande arcebispo Fulton Sheen. Quando em 1979 ele partiu deste mundo, milhões de Americanos choraram e se sentiram órfãos. Não somente Newport (Wales), New York e Rochester choraram sua morte, mas o mundo inteiro lamentava a sua partida. Durante anos ele conquistara milhões de leitores, radiouvintes e telespectadores; milhões de Americanos estiveram suspensos em suas palavras, simplesmente fascinados. Fulton Sheen possuía uma eloqüência natural, mas, acima de tudo, falava com o poder do Espírito. Falava de Deus, transmitia Deus a todos os que ele encontrava em seu caminho. Ao ouvi-lo, todos tinham a certeza de que Jesus estava vivo e presente na vida e nas palavras deste grande pastor. Todas as rádios e cadeias de TV disputavam sua presença e sua palavra. Sabiam que imediatamente ele fazia subir vertiginosamente os níveis de audiência. Basta lembrar que a sua famosa série televisiva ?A vida vale a pena ser vivida? registrava cerca de trinta milhões de telespectadores por semana. Este homem fascinante, gigante da evangelização tinha algo diferente, atraía a todos, as multidões o procuravam. Faz-me lembrar os tempos de Jesus Cristo, quando os evangelistas anotaram em seus livros que as multidões seguiam a Jesus para ouvi-lo e até se esqueciam de levar comida suficiente. Dois meses antes da sua morte, Fulton Sheen concedeu ainda uma entrevista a uma cadeia nacional de televisão dos Estados Unidos. E finalmente, e felizmente, revelou o seu grande segredo. - Vossa Excelência, perguntou o jornalista, inspirou milhões de pessoas no mundo inteiro. Alguém serviu de inspiração para a sua vida e seu trabalho? Um Papa? Algum Bispo? - Não foi nenhum Papa, não foi um Cardeal ou um Bispo, nem mesmo um Padre ou um Religioso (a). Quem me inspirou foi uma pequena chinesa de dez anos. E contou a história da pequena Li. Estávamos na década de cinqüenta (1950). Eram os anos mais sombrios da perseguição religiosa na China. Li acabara de fazer sua primeira comunhão. Os milicianos invadiam escolas e igreja, arrancando os crucifixos, maltratando e prendendo muitas pessoas, profanando as igrejas, os sacrários. Um dia, invadiram também a escola onde Li estudava e fora preparada para a primeira comunhão. Ela tentou esconder a imagem do Bom Pastor, mas foi descoberta, maltratada e seu pai foi preso. Depois levaram todos para igreja e na presença deles arrombaram o sacrário e jogaram no chão a âmbula com as hóstias consagradas. E o comissário gritava: ?Agora vamos ver se o vosso Cristo sabe defender-se. Vejam o que eu faço com ele!?. Li chora em silêncio e a seguir é expulsa da igreja, junto com todos os fiéis. Guardas são colocados às portas da igreja. O Padre Luc, das Missões Estrangeiras, presenciou tudo, escondido (pelos paroquianos) numa pequena divisão do coro da igreja. Ele mergulha numa oração e adoração reparadora e sofre por não poder fazer nada. Se o seu esconderijo for descoberto, os paroquianos serão presos por traição. De repente ele escuta um ranger e a porta da igreja se abre. É a pequena Li. Conseguira enganar os guardas. Entra devagarzinho, sem fazer barulho. Padre Luc teme por ela. Se for descoberta, será morta imediatamente. Ela se aproxima do altar e se ajoelha diante das hóstias espalhadas pelo chão. Com as mãos postas ela reza, adora em silêncio, como lhe havia ensinado a Irmã Eufrasine. Permanece uma hora em adoração e depois se abaixa e apanha com a língua uma das hóstias consagradas. Volta a ajoelhar-se, reza um instante e silenciosamente vai embora, sem ser percebida. Padre Luc se perguntava por que ela não havia tomado todas as hóstias de uma vez. Mas a Irmã Eufrasine lhe havia ensinado que bastava uma hóstia para cada dia. Além disso, não se podia tocar a hóstia com as mãos. E, assim, todas as manhãs, a nossa pequena Li volta a igreja e, repetindo a cena do dia anterior, toma uma hóstia e desaparece. O Padre Luc sabe que são trinta e duas hóstias. Há 31 dias a pequena Li conseguira entrar e sair da igreja sem ser vista. Após uma hora de adoração, 31 vezes se abaixara para tirar do chão uma hóstia consagrada e voltar para casa com seu grande amigo Jesus Cristo. Finalmente chega o dia em que resta apenas uma hóstia. Como de costume, ao amanhecer, Li consegue entrar na igreja e se aproxima do altar. Ajoelha-se e reza junto à última hóstia. Mas, o miliciano que estava de guarda acorda e, junto à ombreira da porta, dispara o revólver. Ouve-se um bater seco, seguido de uma grande gargalhada. A criança cai no chão. Padre Luc julga-a morta. Mas ela consegue rastejar até a hóstia e com a língua ajunta-a do chão. Era a última. Li comunga e morre. Havia conseguido salvar todas as hóstias. E Fulton Sheen dizia: ?O amor desta criança por Jesus na Eucaristia me impressionou de tal modo que no mesmo dia em que tomei conhecimento desta história eu fiz uma promessa a Nosso Senhor. Prometi que em todos os dias de minha vida, até morrer, acontecesse o que acontecesse, eu faria uma hora de Adoração diante do Santíssimo Sacramento?. O grande Arcebispo não apenas cumpriu a sua promessa. Nunca perdeu uma oportunidade para promover o amor e o culto a Jesus na Eucaristia. Infatigável, ele convidava continuamente seus ouvintes a fazer todos os dias uma ?Hora Santa? diante do Santíssimo Sacramento. Através do seu exemplo e de sua pregação alguns milhões de adoradores estavam diariamente diante do Senhor. E Fulton Sheen dizia: ?Foi a pequena Li que me ensinou a amar Nosso Senhor deste jeito e a encontrar um tempo para estar com Ele?. É claro que o grande sucesso deste homem se deveu ao tempo que ele encontrou para estar com o Senhor e dele aprender. Mas tudo começou com a pequena Li. Imaginem um homem culto, sábio, inteligente, de comunicação fácil, amável e que ainda encontra tempo para estar uma hora diante do Senhor todos os dias em adoração. Quando um homem destes abre a sua boca para falar de Deus, sem dúvida, todos terão vontade de escutá-lo. Não importa qual seja a sua missão neste mundo. Todos e cada um (a) recebemos de Deus um chamado e uma missão. Na vida e missão da Igreja há lugar para todos (as): para a pequena Li, para o grande Arcebispo e para voce. Fraterno abraço e bençao, Pe. Anisio José, scj

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